sábado, 29 de abril de 2017

Entrevista Liga de Taubaté-SP/Super Donkeys

Quando começou a Liga de Taubaté-SP/Super Donkeys? Fundador (es)? 

 No final de 2015, elaboramos as etapas. Eu jogava a Liga Dogs em São Paulo e achei que tínhamos condição de fazer uma liga em Taubaté. Muita gente colaborou, mas quem organizava comigo era o Renan Ivo. Na liga atual, nossa comissão de organização conta com cinco membros. 

Qual a proposta de vocês? 

 Juntar a galera pra uma bela jogatina de bonecos. Em 2016, a Liga tinha um foco maior no competitivo do que hoje, já que não temos mais as etapas de treino sério (tínhamos uma no formato Limitado e outra no Moderno). O pessoal preferiu algo mais for fun para o ano de 2017. Além da diversão, a Liga ajuda muito no treino dos jogadores e ajuda a aumentar o nível das peças na cidade, já que a premiação final sempre tem peças boas, peças meta. 

 ●Qual a média de público? 

 Em 2016, nossa média foi de 19 jogadores por etapa e tivemos 31 participantes do draft. Em 2017, palpito que nossa média caia para 16 jogadores. O pessoal deu uma debandada. 

A que pode ser atribuído o sucesso de vocês? 

 Acho que o maior aliado do Heroclix é a indústria do cinema: enquanto tiver filmes de heróis saindo, haverá gente interessada em jogar Heroclix. Acho difícil medir o impacto direto disso mas certamente é enorme. Em 2016, o número de gente jogando a Liga foi arrebatador, não sei se chegaremos novamente a isso e também não sei o motivo de ter acontecido. 

Quais são os principais problemas/dificuldades que vocês enfrentam? Quais são as soluções ou paliativos que vocês elaboraram para esses problemas/dificuldades? 

 Nenhum grande problema! A ideia foi expandir a comissão organizadora pra estarmos sempre atentos à comunidade: o que o pessoal tem preferido jogar, o que andam achando etc. A solução pra qualquer impasse é sempre a transparência e o diálogo. 

Uma das dificuldades enfrentadas pelas organizações de Heroclix, ao menos no Brasil, é conciliar a renovação, ou seja, novos jogadores sendo formados, ao mesmo tempo em que jogadores competitivos aperfeiçoam suas habilidades e competem em alto nível técnico e de investimento. Como vocês tratam dessa dupla demanda? 

 Ano passado, tínhamos bastante gente nova. É normal que alguns desses jogadores não tenham continuado, encontraram outros jogos e outros grupos. Mas nós abraçamos sempre os novatos, porque eles é que renovam as fileiras e as estratégias. A gente encara os membros da Liga Super Donkeys como um time e se ajuda no competitivo: emprestamos peças, pensamos em times, debatemos estratégias. A Liga também sempre compra vagas dos eventos grandes para alguns de seus membros – por exemplo, acabamos de comprar duas vagas do ROC que serão dadas aos melhores colocados da próxima etapa. 

Na visão de vocês quais são os problemas do Heroclix nacional? 

 O único problema do Heroclix no Brasil é a distribuição. Porra, Wizkids, olhem pra nós. Venha nos dar apoio! É um saco ficar organizando evento sem ajuda oficial. Ficamos na mão de importação, dos preços nacionais. São muitas variáveis. Não acho que o cenário do Heroclix brasileiro possa melhorar se a Wizkids não nos abraçar logo. Pelo contrário. 

Vocês são um “fenômeno” ou um exemplo replicável nacionalmente? 

 Dá pra replicar! Precisa de gente, de um local e de uma boa organização. O que acaba matando as ligas do Brasil, acho, são os recortes que fazem das etapas. Os organizadores parecem insensíveis à galera. Bolam umas coisas meio sem cabeça. Etapa que obriga os moleques a levarem colossal – e se eu não tiver peça colossal? Tem que ser flexível e fazer com que a turma possa jogar com aquilo que gosta, sempre com restrições criativas. Só assim se reúnem os diferentes perfis de jogadores de Heroclix. Eu mesmo não teria vontade de jogar muitas das ligas que vejo em função das etapas. 

Grato pela entrevista. Alguma mensagem para nossos leitores? 

 Vão jogar boneco!

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