quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Paradise Clix Entrevista: Thiago Bellani

 

 Para quem não sabe Thiago Bellani é um dos principais jogadores nacionais e gentilmente está compartilhando um pouco de sua experiência conosco.

1. Poderia fazer uma breve apresentação?

 Meu nome é Thiago Bellani e sou natural de São Paulo, capital. Atualmente, moro em Florianópolis, na Ilha de Santa Catarina. tenho uma filha neném chamada Mia, que em breve iniciará sua agenda de treinamento no Heroclix rs.  
 Meu primeiro contato com a WIZKIDS aconteceu há aproximadamente 20 anos, quando eu tinha 13. Naquela época, eu competia em eventos de Mage Knight, que ocorriam na clássica estrutura da Devir, na Vila Mariana. Com o tempo, o Mage Knight perdeu força e acabei me dedicando a outros jogos de miniaturas igualmente incríveis, como D&D e Star Wars, produzidos pela Wizards. Em 2008, por influência de um grande amigo e Bi Campeão Nacional de Heroclix, Renato Pimentel ("O Decapitador") tive meu primeiro contato com o jogo, participando da comunidade por 5 meses. Neste período tive o prazer de disputar o Top 8 do Nacional contra um até então jovem Brunno Painkiller. Outros jogadores clássicos já estavam presentes nessa época: Victor Vitiello, Marcelo Sawasato, Ricardo Prisco, Toni Quelhas, entre outros. Após alguns anos longe dos jogos, atendi ao chamado de retorno ao Heroclix em 2017, em TMNT "The Mighty Thor". Assim que retornei, por gostar da experiência competitiva, pude contar com amigos talentosos que rapidamente implementaram um ritmo de treino semanal que me auxilia até hoje.

2. Como você descreveria/definiria o Heroclix?

 Como tudo na vida, o Heroclix é algo em movimento. Ou seja, desde a primeira coleção (Hipertime, setembro de 2002) o jogo vem passando por mudanças e otimizações.
 Quando sou perguntado por um leigo sobre o Heroclix, costumo fazer uma comparação com o xadrez, porém incluindo mapas, cartas, dados e uma ampla variedade de peças, que tem seus valores de combate alterados ao longo dos 50 minutos da partida. Entretanto, evidencio que a maior diferença entre eles está no fato de que no xadrez, as forças sempre estão em equilíbrio perfeito no início da partida, enquanto que no Heroclix, as possibilidades de construção de times são tão vastas, que imediatamente coloca o jogador competitivo na busca por assimetrias, analisando quais peças e combinações possuem maior probabilidade de entregar muito valor durante a partida. Por este motivo sempre enfatizo que a vitória no Heroclix começa fora da mesa de jogo. Se o objetivo é melhorar o desempenho e competir, é preciso dedicar-se ao estudo, treino e repetição.
 Vale comentar, no entanto, que muitos jogadores de Heroclix estão na mesa apenas para se divertir ("for fun") jogando com personagens e cenários que gostam, desfrutando de partidas casuais com os amigos.

3. Qual seu estilo de jogo?

 Literalmente depende do time. Treinar para jogar competitivamente implica em se adaptar as mecânicas que são lançadas, algumas dessas mecânicas vão exigir um manejo mais agressivo, outras mais defensivos. Uma dica importante: caso o seu objetivo seja mesmo vencer, não caia na falácia do "jogar bonito é ir pra frente e bater primeiro" - jogar bonito é entender o que você está fazendo, tendo uma projeção rápida e clara de como entregar o máximo de valor possível dentro do seu turno.
 Uma estratégia que eu costumo utilizar: antes de ativar a liderança e seguir os protocolos de início de turno, eu procuro pegar os marcadores de ação disponíveis e mapeio todas as jogadas daquele turno, marcando onde cada peça estará quando eu passar novamente para o adversário. Esta abordagem diminui a ocorrência dos erros de posicionamento e me auxilia a enxergar o turno sistemicamente. Em alguns casos, dependendo do resultado dos dados, essa projeção se altera durante o andamento do turno, o que vai exigir treino para criar soluções rápidas.

4. Qual sua visão sobre o "for fun"? Qual sua visão sobre o "competitivo"?

 Em minha visão, o formato competitivo está se adaptando às grandes alterações implementadas pela empresa. Essa "adaptação" ocorre porque, por um período, teremos peças projetadas para o "desenho antigo" do jogo, ainda presentes no Modern Age. Por exemplo, o Chaos marker da msdp050 The Scarlet Witch se torna ainda mais poderoso nos novos mapas. Outras peças como ww064 Scarab e xmxs053b Mad Jim Jaspers tem levantado críticas coerentes. Mas de forma geral, estou gostando bastante das novas alterações, incluindo os novos mapas, embora inicialmente tenha pensado que fosse um erro.
 Por outro lado, o For Fun, mesmo sendo uma experiência diferente para cada jogador, vejo como um alinhamento entre a potência dos times, somada à sensação de jogar, porém livre do peso da competição. Sem a abordagem For Fun, a barreira de entrada para novos jogadores seria ainda mais complexa.
 Tanto o Competitivo como o For Fun tem seu espaço e importância.

5. Quais as orientações básicas para os iniciantes?

 No meu entendimento uma boa forma de iniciar é combinar a experiência do jogo presencial com os treinamentos online.
 O jogo presencial proporciona uma experiência ampla, permitindo até mesmo a leitura do oponente - porém, o treinamento online amplia o seu alcance! Ao viabilizar um cenário no qual todos os jogadores têm acesso a todas as peças e mapas, cria-se um ambiente equilibrado, onde habilidade e otimização se destacam.
 Outros dois pontos importantes que a prática do jogo nos simuladores online proporciona:
1.) Treinos com jogadores de outros estados.
2.) Compras mais assertivas, devido à sua experiência com mais peças e cenários. O investimento no programa TableTop Simulator está custando  R$36,99 na Steam.
3.) Acesso a Ligas Online.

6. Qual sua opinião sobre o formato "pulp"?

 Nunca imaginei que gostaria tanto do formato! Além de ser mais acessível, o Pulp me lembra um Heroclix que eu não jogava há muitos anos. Ao remover a presença de peças com raridades altas, a partida se torna menos influenciada por dinâmicas com valores extremos, fazendo com que o jogador precise combinar mais elementos básicos para alcançar os seus objetivos. O Pulp traz muito da experiência que a maioria dos jogadores realmente busca.

7. Algumas dicas para montagem de times "pulp"?

 Pela ótica competitiva minhas dicas seriam:
 01. Utilizando o HCRealms ou alguma ferramenta similar, salve todas as peças assimétricas do formato, ou seja: quais peças entregam mais valor para a linha de pontuação que ela custa. Por exemplo: o Blue Marvel é a peça mais assimétrica na linha de 50 pontos do formato PULP - quando comparado com outras peças desta mesma pontuação, ele exerce uma maior probabilidade de entrega de valor durante a partida. Isso não significa que você é obrigado a utilizá-lo no seu time, mas no mínimo você precisa entendê-lo, ou ao encontrá-lo, se tornará refém do seu despreparo.
 02. Com as peças salvas, o jogador pode focar em não cometer o erro mais comum ao se construir um time no formato PULP, que seria desequilibrar o poder ofensivo do defensivo. Quando você desequilibra seu time com batedores em excesso, ou aloca suportes desconexos, você não gera alinhamento entre as peças. Esta falha fará sua entrega de valor ficar abaixo da média, ou então, resultará em situações onde você necessita de dados muito altos para conquistar pontos.
Recomendo um exercício simples: comece colocando 150 pontos ofensivos e 150 pontos defensivos no seu time e na sequência faça testes para ir ajustando detalhes, até você sentir que aquela combinação está alinhada com os indicadores estratégicos básicos. Estes indicadores são:
a.) Mobilidade: sem uma mobilidade eficiente, você provavelmente perderá peças antes do adversário, criando um cenário cada vez mais difícil de reverter.
b.) Modificadores: eles serão os responsáveis pelo aumento da eficácia dos seus valores de combate (em alguns casos também podem ser utilizados no oponente) - aumentando sua capacidade de entrega de valor.
c.) Controle de probabilidade: Sem rerolagem de dados (tanto seus como do oponente) provavelmente seu time é ruim.
d.) TK (Telekinesis): eu adoro utilizar times com 2 TKs! Esta formação me possibilita mandar 2 batedores para frente no mesmo turno, entre várias outras jogadas.
e.) Outwit: Sem a capacidade de anular poderes em momentos fundamentais, novamente você se torna um grande refém dos dados. Outwit é um poder extremamente estratégico, podendo te auxiliar tanto em situações ofensivas como defensivas.
f.) Liderança: responsável por aumentar em 1, seu total de ações. Em algumas situações pode limpar uma peça aliada. Um time padrão construído sem liderança está fadado a entregar menos valor que a média e provavelmente perderá a partida.
g.) O Heroclix é um jogo vasto, criando inúmeras possibilidades de combinações, portanto, estude o jogo e provavelmente sua média de entrega de valor aumentará.
 Quando você está atento aos indicadores acima, você acaba guiando a sorte com gentileza.

8. Poderia relatar sua partida "pulp" com o Tiago Pinto da Luz? Times?

 Participamos de um torneio online com 12 jogadores organizado pelo clássico jogador da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, Fábio Guizarra.
 Tiago Pinto liderou a tabela do torneio durante 3 rodadas, coletando uma quantidade obscena de pontos. Eu cheguei até a final utilizando batedores menos inflamados e buscando controlar dados centrais com as habilidades de Rally.
 Times utilizados na final (as regras do torneio permitiam alterações nas forças entre as rodadas):
 Tiago Pinto:

HX046 Karima 75
AV4E031V Blue Marvel 50
AV4E036 Red Widow 45
WW80038 Dr. Psycho 45
WW80038 Darci Lewis 25
XMXS018 Peeper 25
SMBA009V Black Cat 20
XMXSSOP012 Stepford Cucko 15
Mapa: Ultron’s Lair

Thiago Bellani:

F4039 Franklin Richards 65
AV4E031V Blue Marvel 50
AV4E036 Red Widow 45
MSDP101A The Watcher 40
AV4E022 Dr. Strange 40
WW80035V Teen Lantern 30
SVC014 Mary Jane Watson 15
XMXSSOP012 Stepford Cucko 15
Sideline:
AV60035 War Machine
XMRF008 Sentinel

 Para a partida contra o Ti, eu preferi uma formação bem mais agressiva, ganhei na rolagem dos dados iniciais e pedi para começar, pois já tinha a intenção de perplexar a Red Widow 3 vezes e jogá-la a 8 casas, para seguir com Charge Flurry contra a Karima, abrindo uma boa troca de pontos (com 1 perplex na bota + TK de 8 casas, a Red Widow consegue dar Charge Flurry, atravessando todo o mapa e ignorando peças).
 Ti escolheu o novo mapa do Ultron, beneficiando as linhas de tiro da Karima, Dr. Psycho e Peeper (todos fortalecidos pelos Shields que o time consegue apresentar).
 No primeiro turno comecei com Dr. Strange rolando liderança e incluindo um Astral Strange na mesa; na sequência faço 2 pogs com a Mary Jane e barreira gratuita com Teen Lantern. Passo deixando a força inicial dentro da área protegida pela imunidade de primeiro turno.
 Tiago inicia seu turno posicionando os PCs, incluindo os Shields numa posição de baixa elevação e encostando com a Karima no Running Shot, alvejando meu Astral Strange a 9 casas de distância e abrindo 20 pontos. Os posicionamentos foram concluídos e o turno passado.
 Após a liderança fiz 2 perplex no ataque da Red Widow, TK do Strange a 4 casas, Cucko fez o terceiro perplex no ataque (para 15, pois eu iria bater do outro lado do mapa sem PC, a 4 casas de uma BlackCat) The Watcher usa TK para mais 4 casas alterando o lado da elevação, Red Widow usa Charge e Flurry na Karima. Dados que só errariam com 1x1. Ambos os ataques acertam e ficamos em 75 vs 20. Para concluir meu turno os 2 Pogs Paparazzi colaram no Dr. Psycho e outras duas peças adversárias. Teen Lantern faz 5 barreiras e turno encerrado.
 Tiago erra a liderança pela segunda vez no jogo. Com Outwit, minha Red Widow perde o Combat Reflexes e toma perplex negativo na defesa, na sequência recebe um Charge Flurry da outra Red e morre. 75 vs 65. Tiago se livra dos pogs, se protege da forma que dá e passa.
 No meu terceiro turno, após a liderança, fiz novos pogs e escolhi com o Franklin Richards Hipersonic, Range Combar Expert e PC, usei o perplex do Watcher para aumentar o range e atirar fora do efeito da Black Cat, outros  2 perplex no ataque. Na sequência, 2 TKS e Hipersonic Speed atirando na Red Widow do Ti, 5 de dano e matou (120 vs 65) - Franklin finaliza o movimento próximo ao meu suporte, os pogs andam para frente buscando atrapalhar novamente.
 Após falhar na liderança novamente, o Ti extraiu valor em um tiro com o Peeper e se posicionou para no turno seguinte extrair valor do Blue Marvel, Psycho e Suportes.  
 Voltando para mim, fiz um turno defensivo, com Franklin escolhendo Sidestep, Invincible e Barreira (ele já estava lá pelo clique 7). Protegi minhas peças, usei os perplex e joguei 2 pogs lá na frente. Turno encerrado.
 Ti novamente se livra dos pogs e por 1 ou 2 quadrados, não consegue atacar minhas peças de maior pontuação do outro lado. Então ele mata a Mary Jane de 15 pontos (escolhi não puxar a sideline dela, arriscando mais pontos na mesa) 120 vs 80.
 Nas últimas jogadas meu Blue Marvel toma 2 Tks, alguns perplex e tenta RS em 2 alvos para buscar mais alguns pontos, porém ele tira 1-1 a 4 casas da Black Cat. Toma 1 inevitável e termina o jogo  
 Final do jogo eu fiz 120 pontos e o Ti 80.
 Vale registrar que na sequência jogamos a final de um selado online, com peças horríveis, e o Ti ganhou por 125 vs 85 - foi um dia com pontuações próximas. 

9. Quais são suas referências no Heroclix, ou seja, jogadores que te inspiram?

Vou citar as inspirações por ordem cronológica rs
Renato Pimentel (SP):
 Renatão foi o jogador que me iniciou neste Universo, me inserindo no Mage Knight na época que estudávamos juntos. Ele foi um jogador extremamente talentoso, acumulando títulos nacionais tanto no Mage Knight como no Heroclix. Éramos excessivamente competitivos e tivemos inúmeros atritos, mas a amizade e aprendizado sempre prevaleceram - Renato faleceu devido a uma severa depressão, mas escreveu sua história no Heroclix nacional. Sentimos sua falta!
Victor Vitiello (SP):
 Somente não é fã dos jogos do Victor, quem nunca o assistiu jogando. Ele comba a visão do jogador competitivo com times aleatórios, se beneficiando do despreparo do adversário contra aquele evento inédito. Inúmeras vezes nesses muitos anos, eu presenciei jogos extraordinários do Vitiello e posso afirmar que foi o jogador que mais me auxiliou com novas estratégias e visão de jogo. Fica um abraço para um dos meus grandes irmãos.
Tiago Pinto (SC):
 Quando me mudei para Florianópolis, eu sabia que tinha uma oportunidade de ouro nas mãos, pois poderia começar a treinar com um dos melhores jogadores que esse jogo já produziu. O currículo do Ti no Heroclix transcende o cenário nacional: vamos lembrar que além dos títulos no Brasil, ele já foi primeiro lugar no dia 1, jogando lá fora. Além da visão estratégica de ponta ele se tornou a maior referência na interpretação das regras no país. O Ti conquistou sua posição atual através do puro talento, sendo um grande amigo e inspiração para mim.
Diego Silva (MG):  
 Eu não poderia deixar de citar o Diego de Guaxupé! Algumas das partidas mais emocionantes da minha vida foram contra ele e outros talentos de MG, como o Gustavo Minoti. Nunca vou esquecer das quartas de final do Nacional onde venci o Diego, em uma partida extremamente emocionante no Rio.
Algumas vezes jogamos o desafio SP vs Guaxupé, que deixa bastante saudade.  
Isaac Arnold Berkovits (MA - EUA):
 O "guri" que conquistou o mundial e incontáveis outros títulos, ainda muito novo! Isaac está acima de qualquer projeção absurdamente positiva, sendo provavelmente o melhor jogador do mundo. Um dos meus grandes objetivos no Heroclix é poder jogar contra ele em algum momento.
 O YouTube oferece alguns dos jogos sensacionais do Isaac, vale a pena conferir.
Pedro Santos (RJ):
 Doom! Talentoso, competitivo e armado até os dentes - a combinação perfeita para jogos de ponta! Em pouco tempo o Pedro se tornou um dos principais jogadores competitivos em atividade. Quando o longo prazo for aplicado sobre esse jogador, o que acontecerá?
Daniel Claudino (SC):
 Um jogador extremamente inteligente e dedicado! Apaixonado por times com muitas peças e geração de pogs, tendo conquistado o seu espaço no cenário competitivo rapidamente - infelizmente longe das mesas de Heroclix no momento.
Roney Peres (SC):
 Provavelmente o jogador mais talentoso que tive o prazer de iniciar e treinar, sempre que a oportunidade se fazia presente. Sempre fico no pé dele para um possível retorno - hora de marcar um Pulp.
Ricardo Prisco (SP):
 Kaká nunca procurou se tornar um jogador competitivo, mas sempre esteve na comunidade, em especial auxiliando novos interessados no jogo. Tenho um carinho imenso pelo nosso Obelix.
 Outros jogadores muito talentosos que não poderiam ficar de fora: Brunno Painkiller (SP), André Salgado (Portugal), Weimar Espinal (SP), Wilson Victor (SP), Felipe Salles (RJ) Diego Cambará (SP) e toda uma nova geração que está nascendo em Curitiba. Também fica um abraço para o Hiago (RJ) que tem se dedicado aos treinos online e evoluindo com muita velocidade.
 Para o final entrego a cereja do bolo:
Marcelo Sawasato: (SP)
 Como sou um jogador muito competitivo, provavelmente nunca terei a experiência que o Marcelo consegue manifestar: se divertir em todas as partidas. Sawasato é o grande pai do for fun, uma prova de que sem um ego muito louco, nos tornamos alguma outra coisa.
 Fica uma passagem do Taoísmo que me lembra o Marcelo hahaha!
"O sábio não se exibe, por isso brilha.
Ele não se elogia, e por isso tem mérito.
E, porque não está competindo, ninguém no mundo pode competir com ele."

10. Alguma mensagem para nossos leitores?

 Uma comunidade nacional mais unida seria coerente com o fato de que precisamos estar atentos para que o Heroclix não siga perdendo força no Brasil. Temos diversas cisões em ligas e grupos de jogos, o que dificulta um caminhar saudável de longo prazo. No passado, a Devir manifestou uma péssima gestão e ajudou a matar a distribuição oficial no Brasil, não precisamos seguir passos similares.
 Agradeço ao Otacílio por este espaço na Paradise Clix e o parabenizo pelo esforço contínuo na entrega de conteúdo para a comunidade do Heroclix BR.
 Abraço a todos os nerds clicadores.
 Thiago Bellani Tommasi.


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